sexta-feira, 27 de agosto de 2010

5 Estágios do fim do relacionamento

De acordo com wikipédia: “O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelo qual as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia. Segundo esse modelo, pacientes com doenças terminais passam por esses estágios.
O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross em seu livro On Death and Dying, publicado em 1969. Os estágios se popularizaram e são conhecidos como Os Cinco Estágios do Luto (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte)."

Elizabeth Kubler-Ross
Essa comparação, por mais que de um ponto de vista cético seja um tanto extremista, quando vista com certa frieza e levando em consideração a natureza humana de supervalorização de seus entraves psicológicos faz muito sentido, poucas pessoas tem o discernimento de separar a magnitude de seus problemas.
O que eu quero dizer é, para alguém com pouca atenção a própria mente e que não delibere sobre como reage aos problemas, tanto a morte, como o fim de um relacionamento, a perda de um casaco ou uma conta a pagar podem ter a mesma magnitude psicológica dentro da psique deste indivíduo. E convenhamos que a grande maioria é assim…
Bom, vamos ao assunto principal do texto, o Modelo de Kübler-Ross propõe que os pacientes terminais para lidar com a perda e/ou a inevitabilidade da morte passam por 5 estágios:
  1. Negação e Isolamento: A pessoa se recusa a aceitar, e para proteger o Ego, ela age normalmente, como se o fato da morte não a afetasse, ou como se morrer fosse algo comum, é o falso positivismo. Isolamento aqui, seria o isolamento da mente, a pessoa nem sempre se isola das outras.
  2. Cólera (Raiva): É o mais fácil de ser percebido, a pessoa culpa a tudo e a todos, está possessa com o fato de não ter controle sobre a própria vida, e em ter de aceitar a morte.
  3. Negociação/barganha: “Me deixe viver apenas até meus filhos crescerem.” Essa fase é geralmente onde a pessoa apela para forças maiores, ou seja, Deus em todas as suas formas dependendo da religião.
  4. Depressão: Há uma entrega, onde se aceita que a morte é inevitável, e nada se pode fazer, entretanto há a tristeza e a falta de vontade de viver.
  5. Aceitação: Tudo termina, tudo tem fim, nada se pode fazer, assim que nascemos começamos a morrer, é uma aceitação positiva da morte, onde se compreende que não compete a pessoa querer viver ou não, e ela aceita as coisas como são.
Acredite ou não, esse modelo também se aplica a relacionamentos, vale frisar que as pessoas não apresentam TODAS as fases, entretanto sempre apresentam pelo menos DUAS. E também não apresentam nessa ordem.

Negação
Em relacionamentos a negação geralmente é a primeira a surgir e também é uma das mais rápidas, apesar de sua atitude persistir enquanto a pessoa estiver em depressão e possivelmente durante a fase de raiva. Nessa fase é onde surgem os clássicos sentimentos e atitudes que tentam demonstrar o seguinte: “Nosso relacionamento acabou, mas tudo bem, não faz diferença, eu vivo minha vida do mesmo jeito, saio com meus amigos do mesmo jeito, está tudo normal, eu estou feliz, não tenho motivos para estar triste, nada aconteceu, está tuuuudo beeeeem…”

Fail.
Por incrível que pareça, as duas pessoas geralmente fazem isso, e as duas se afetam, é tão estúpido, mas real. Além que quando indagada do assunto a pessoa pode conversar sobre ele brevemente como se tivesse pouco significado, ou simplesmente negá-lo veementemente, se recusando a tocar no assunto.
Eu acredito que a negação tenha proporção direta de duração com a auto consciência da pessoa.

Raiva
Surgem sentimentos intensos como: raiva, revolta, inveja e ressentimento, além da clássica pergunta: “porquê eu?” ou “Por que comigo? ou “O que eu fiz de errado?”. Esta raiva, geralmente é projetada no ambiente externo, no sentido de inconformismo. Essa fase é perigosa, por mais que a pessoa possa aparentar estar em negação ainda, ela não está, ela está a ponto de explodir… e a última coisa que você quer fazer com uma pessoas dessas é discutir, ou falar sobre o fim de relacionamento. Aqui a pessoa descaracteriza qualquer culpa que ela tenha, também protegendo seu ego, e descontanto no ambiente externo.
Ou seja, o mundo é mal, as pessoas são ruins, a flores fedem, o sol é feio e as nuvens de algodão estragado. Conhece muita gente inconformada com a vida? Quando mais reclamão alguém for, pode ter certeza, tem algum fundo psicológico que talvez nem ele mesmo saiba que motiva essa raiva. E o desconhecimento da causa, só torna a pessoa mais frágil…

Barganha
Eu diria que o similar dessa fase em rompimentos seria uma extensão da negação através de promessas, acordos, pactos, geralmente em segredo que a pessoa faz para consigo mesma. Tais como “Nunca mais farei isso”; “Não deixarei que me tratem assim” e coisas do tipo. Além de assumir vários projetos e tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo, seria o fato de substituir o relacionamento por trabalho, doce, comida, cursos, estudos, programas de tv e coisas do tipo.

Depressão
Ocorre um sofrimento profundo, onde já não se pode mais negar os acontecimentos e nem se revoltar contra eles. É a fase de introspecção profunda e necessidade de isolamento. Acabou, acabou… finito. Muita gente tem dificuldade de chegar nessa fase, e tem mais dificuldade ainda de SAIR decentemente dela! Por isso que depressão é a minha aposta para doença do século XXI. Isso sem levar em conta que ela nunca antes fora diagnosticada… Seria depressão a doença da humanidade em si?


Aceitação
Tendo superado as fases anteriores, percebe-se e vivencia-se uma aceitação do rumo das coisas. Os sentimentos não estão mais tão a flor da pele, como se a dor tivesse esvanecido, a luta tivesse cessado e as coisas passam então a ser enfrentadas com consciência das possibilidades e das limitações.
Bate aquele sentimento de que você pode tudo, e o que antes te incomodou não lhe incomoda mais, e o que antes lhe fazi a mal não faz mais. E você sabe sim que pode ser feliz… isso se você souber.
E você? concorda? Deixe o seu comentário.

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